quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Sete Saias

Lenda da Pombagira Sete Saias

 



Jalusa Correia era uma bela mulher, morena de vastos cabelos negros, tinha ainda magníficos olhos verdes que a todos encantava. Aos dezessete anos se casou e teve dois filhos, que foram por algum tempo a razão de sua existência.
Quando estava prestes a completar seu vigésimo terceiro aniversário uma tragédia abateu-se sobre ela, seu marido e filhos faleceram em um pavoroso acidente de trem e da noite para o dia tornou-se uma pessoa imensamente triste e solitária. Por muitos anos carregou o peso na consciência por não estar com eles nesse momento. Culpava-se intimamente porque nesse fatídico dia tivera uma indisposição séria e não quisera acompanhá-los na pequena viagem que mensalmente faziam à cidade vizinha. O remorso a torturava como se com isso conseguisse diminuir o tamanho de sua dor.
Dez anos se passaram até que Jalusa voltasse a sorrir, apesar do coração em frangalhos. Foi nesse período que Jorge apareceu em sua vida. O jovem viúvo logo se tomou de amores pela solitária e encantadora mulher. Conhecendo o trauma vivido por ela, teve a certeza de haver encontrado a mãe que sua filha precisava. A pequena Lourdes ficara órfã muito cedo e com apenas seis anos não conseguia esquecer a morte de sua genitora, tornando-se uma criança frágil e assustadora. Não demorou muito para que se casassem. No inicio Jalusa foi exemplar, como mãe e esposa, de repente, sem entender o motivo, começou a odiar a pequena menina. Lourdes a irritava, cada palavra dita por ela, entrava em seus ouvidos como uma ofensa. A menina apanhava por qualquer coisa, eram palmatórias, surras de cipós e puxões de cabelo que a deixavam inteiramente dolorida. Com medo de dizer ao pai o que ocorria em sua ausência, Lourdes foi ficando a cada dia mais amarga e triste. Seus únicos momentos de alegria eram os passeios que fazia com o pai. Sempre que Jorge perguntava o que estava acontecendo ela mentia dizendo sentir saudades da mãe.
O ódio de Jalusa pela criança só aumentava, cada vez que a menina chegava perto dela, a lembrança de seus próprios filhos a atormentava: - Como pode uma criatura indecente dessas estar aqui, viva ao meu lado, e meus filhos lindos, mortos? - Era sempre nesses momentos que a menina era mais agredida. Um dia Jorge resolveu fazer uma surpresa e retornar mais cedo a casa. Ao entrar devagar para não ser notado, ouviu os gritos: - Sai vagabunda! - acompanhado do som de um tapa - abriu a porta justamente no instante em que sua filha era atirada contra um canto da parede. Num átimo, percebeu tudo que estivera ocorrendo em sua ausência. Correu até a mulher e a esbofeteou com rancor exigindo que saísse de sua casa imediatamente. Desse dia em diante, Jalusa passou a morar nas ruas, mendigando e xingando todas as crianças que lhe passassem por perto. Às vezes, chorava muito, mas logo se erguia e gargalhava alto. Em uma noite de intenso frio, seu espírito foi arrancado do corpo e levado para zonas sombrias onde por muitos anos procurou respostas para as mazelas passadas em vida. Depois de ter contato com suas vidas pregressas, percebeu os erros que cometia a cada encarnação onde sempre era a causadora de grandes males causados a crianças e suplicou ajuda para o ressarcimento de suas culpas.
Hoje, na vestimenta fluídica de Pombagira das sete Saias, procura sempre uma maneira de atender aos que a procuram com simpatia e carinho. Quem a conhece em terra sabe de sua predileção por jovens mães e o respeito que nutre por todas as crianças. Está enfim a caminho de uma grandiosa evolução. Laroiê Dona Sete Saias!

Fonte: http://www.novaera.blog.br
 


Cigana das Estradas

Lenda da Pombagira Cigana das Estradas


 

Essa Pombagira Cigana possui uma história bastante peculiar de solidão e sofrimento. Nasceu na Baviera (Bayern - popularmente conhecida por Bavária), uma das maiores regiões da Alemanha. Seu nascimento foi muito festejado por seus pais, que pertencia a religião pagã dos Celtas - o Druidismo. Ela seria uma sacerdotisa (Druidesa) e desde muito cedo aprendeu a arte de curar, os nomes das ervas e a interpretar os sinais da natureza. Aos doze anos era uma linda menina que conhecia muito de sua antiga religião.
Nessa época a Inquisição fazia incursões pela Europa caçando "bruxas" e antigos seguidores das religiões ancestrais. Seus pais sempre mantinham tudo muito bem guardado e escondido num porão. Mas, alguém os delatou e a Inquisição bateu em sua porta. Seus pais foram presos, julgados e condenados. Seu irmão foi degolado ali mesmo. E ela, por ser menina, foi preservada e levada até a Itália, para ser a serva de um importante Bispo. Durante um ano tentou em vão escapar. Quando a oportunidade surgiu, ela apunhalou seu captor e conseguiu fugir. Foi ajudada por um guarda em troca de favores sexuais.
Atravessou a Itália, com a intenção de retornar à Alemanha, mas quando soube das Guerras que por lá estavam acontecendo, decidiu ir para a França. Já estava com 17 anos e toda a sua inocência havia se perdido. Agora conhecia a realidade da vida e a crueldade do homem. Sobreviveu na travessia, escondendo-se pela estrada, viajando a noite e trocando favores como podia.  Ela chegou ao sul da França em 1728 e se instalou numa choupana abandonado próximo a um vilarejo. Com o tempo, começou a praticar sua antiga religião e começou a ser procurada por aqueles que precisavam de ajuda. Ganhou a confiança do vilarejo e pode viver tranquilamente por vinte anos. Nunca quis casar, porque ainda lembrava os maus tratos que sofreu, quando menina, nas mãos de seu captor.
Porém, a Inquisição voltou a encontrá-la e dessa vez não escapou. Foi presa, julgada e condenada por prática de bruxaria. Torturam-na e enforcaram-na numa encruzilhada da vila. Muitos no vilarejo também foram mortos. Durante algum tempo seu espírito vagou querendo vingança e perseguindo aqueles que a condenaram. Quando foi recolhida à Aruanda compreendeu sua história e relembrou sua missão de vida. Foi convidada a ficar e a trabalhar; poderia usar todo o seu conhecimento ancestral e auxiliar a quem necessitasse. Assim, tornou-se a Pombagira Cigana das Encruzilhadas, porque seu espírito viajou muito e conheceu muitas estradas...

Fonte: http://umbandaempaz.blogspot.com.br 

Rosa Caveira


Lenda da Pombagira Rosa Caveira





Ela viveu aproximadamente a 2.300 anos antes de Cristo, na região da Mongólia, os seus pais eram agricultores e tinham muita terra. Ela era uma das 7 filhas do casal, sendo que seu nascimento, deu-se na primavera e a mãe dela tinha um jardim muito grande de rosas vermelhas e amarelas, que rodeava toda sua casa. E foi nesse jardim, onde ocorreu seu parto. Seus pais além de serem agricultores, também eram feiticeiros, mas só praticavam o bem para aqueles que os procuravam, e sua mãe tinha muita fé em um cruzeiro que existia atrás de sua casa no meio do jardim, onde seus parentes eram enterrados. No parto da Rosa Caveira, a mãe estava com problemas, e dificultava o nascimento da mesma e estava perdendo muito sangue, podendo até morrer no parto. Foi quando a avó da Rosa Caveira que já havia falecido há muito tempo, e estava sepultada naquele cemitério atrás de sua casa, vendo o sofrimento de sua filha, veio espiritualmente ajuda-la no parto, sendo que sua mãe com muita dificuldade e a ajuda de sua avó (falecida), conseguiu dar a luz a Rosa Caveira, e como prova de seu Amor a neta, sua avó, colocou em sua volta, várias Rosas Amarelas e pediu a sua filha que a batiza-se com o nome de ROSA CAVEIRA, pelo fato dela ter nascido em um jardim repleto de Rosas e em cima de um Campo Santo (cemitério), e também por causa da aparência Astral de sua mãe (avó), que aparentava uma Caveira. E em agradecimento a ajuda da mesma, ela colocou uma Rosa Amarela em seu peito e segurando a mão de sua mãe, a batizou com o nome de ROSA CAVEIRA DO CRUZEIRO, conhecida com o nome popular de Rosa Caveira.
Ela cresceu com as irmãs, mas sempre foi tratada de modo diferente pelas suas irmãs, sempre quando chegava a data de seu aniversario sua avó ia visitá-la (espiritualmente), e por causa destas visitas e carinho que seus pais tinham a ela, suas irmãs começaram a ficar com ciúmes e começaram a maltratar a Rosa, debochar dela, chamar ela de amaldiçoada pois havia nascido em cima de um Campo Santo e seu parto feito por uma morta, de caveira dos infernos, etc. E a cada dia que se passava, Rosa ficava com mais raiva de suas irmãs. Então ela pediu para seus pais, que ensinasse a trabalhar com magia, mas não para fazer maldade, mas sim para sua própria defesa, e ajuda de pessoas que por ventura a fosse procurar. Sua avó vinha sempre lhe dizer que ela precisaria se cuidar, pois coisas muito graves estariam para acontecer. Seu pai muito atencioso a ensinou tudo o que ela poderia apreender, e também a ensinou a manejar espadas, lanças, punhais, ou seja, armas em geral. Sua mãe lhe ensinou tudo o que poderia ser feito com ervas, porções, perfumes, e principalmente o que se poderia fazer em um Cruzeiro. Foi ai que suas irmãs ficaram com mais raiva ainda, pois ela estava sendo preparada para ser uma grande Feiticeira, e sendo ajudada por seus Pais e sua Avó, e zombava mais ainda dela, chamando-a de mulher misturada com homem e demônio, uma aberração da natureza, não por causa de sua aparência, pois ela era linda, mas sim por vir ao mundo nas mãos de uma Caveira (sua avó), e ter nascido em cima de um cemitério.

Fonte: http://www.iledexapana.brtdata.com.br/ 

Rainha das Sete Encruzilhadas

Lenda da Pombagira Rainha das Sete Encruzilhadas 





    Foi uma Rainha no seu tempo na terra, diz a história ter sido ela uma linda cortesã que amarrou o coração de um Rei Francês que a tornou Rainha. Passaram-se alguns anos e o Rei veio a falecer. A rainha passou a tomar conta sozinha do seu reino o que deixou alguns membros da corte indignados porque ela não teve filho para deixar o trono como herança e tampouco parente sangue azul para substituí-la após a sua morte. Devido a tenacidade da rainha o seu trono começou a ser cobiçado por outros reinos o que trouxe muita preocupação para a política da corte, então o conselheiro real convenceu a Rainha a casar-se novamente com um homem cujo o reino fosse ainda maior que o seu para juntos vencerem as batalhas e trazer ao reinado a paz e a tranquilidade que já não tinham mais. Um dia surgiu no castelo um homem que se dizia seduzido pela beleza da rainha e dono de um reinado incalculável no oriente e a pediu em casamento, a rainha preocupada com destino da sua corte e pela proteção de seu trono, aceitou a oferta de imediato e logo em seguida casaram-se. Não demorou muito a querida rainha foi envenenada pelo seu atual marido que logo após se titulou o Rei e começou a governar a corte da pior maneira possível. A saudosa rainha após o seu desencarne chegou ao mundo astral muito perdida e logo começou a habitar o limbo devido a faltas graves que na terra havia cometido. Depois de algum tempo na trincheira das trevas do astral a Rainha foi encontrada pelo seu antigo Rei que no astral era conhecido como Senhor das encruzilhadas, este senhor passou a cuida-la e incentiva-la a trabalhar do seu lado para as pessoas que ainda viviam no plano material aliviando suas dores e guerreando com inimigos astrais... O feito deste casal no astral tornou-se tão conhecido e respeitado que o Exu Belo nomeou o Senhor das encruzilhadas como Rei das Sete encruzilhadas e prontamente o Rei nomeou a sua Rainha. Juntos eles passaram a reinar os caminhos das trevas e da luz e sob o seus comandos milhares de entidades subordinadas que fizeram do Reino das sete encruzilhadas o maior reino do astral médio superior. Passaram-se muitos anos e o Rei que havia envenenado a rainha veio a morrer durante uma batalha, e este foi resgatado pelos soldados da Rainha das sete encruzilhadas e o mesmo foi levado até ela. O homem ainda atômico sem entender ainda o que estava acontecendo com ele, se viu diante daquela poderosa mulher a qual foi obrigado a curvar-se e a servi-la para o resto da sua eternidade como castigo por tê-la envenenado. E hoje através das suas histórias que compreendemos que o povo de exu não são entidades perdidas do baixo astral e sim entidades respeitadas e de muita importância no mundo astral superior e inferior. A Pombagira Rainha das Sete Encruzilhadas adora a cor Maravilha, Vermelho, Preto e Dourado trazendo na mão um cetro de ouro. Suas oferendas são sempre as mais caras, pois ela é muito exigente. A Pombagira Rainha das 7 Encruzilhadas também é conhecida no sudeste do país como “Dona 7” Se apresenta como uma mulher de meia idade, muito reservada , educada, inteligente e culta. Ao contrário que muitas pessoas pensam... é uma entidade calma e tranquila, mais quando chega ao mundo para deixar seu recado, traz na garganta um grito de guerra onde expressa todo o seu poder de vitórias.  Fonte: http://www.iledexapana.brtdata.com.br/ 

quinta-feira, 8 de outubro de 2015

Salve os nossos Guardiões Exus e Pombagiras


Primeiramente Bom Dia !!!


Venho avisar que o Blog passara por mudanças, pois tenho recebido grandes informações que estão tendo problemas com algumas postagens e para ouvir os pontos, nós temos algumas postagens novas para estar publicando, porém antes disso vamos melhorar a aparência e alguns problemas técnicos.
Peço desculpa pelo inconveniente e qualquer coisa entrem em contato conosco.

Obrigado


sexta-feira, 24 de julho de 2015

Homenagem a Nanã Buruquê  comemorado dia 26 de Julho.



“Nanã é o Principio,
o meio e o fim; o nascimento,
a vida e a morte”





Nanã Buruquê


Nanã de Buruquê a mais velha divindade do Panteão, associada ás águas paradas, a lama dos pântanos, ao lodo do fundo dos rios e dos mares. É tanto reverenciada como sendo a divindade da vida, como da morte. Seu símbolo é o Ibiri – Um feixe de ramos de folha de palmeira com a ponta curvada e enfeitado com búzios.
Nanã é a chuva, garoa. O banho de chuva é uma lavagem do corpo no seu elemento uma limpeza de grande força, uma homenagem a este grande orixá.
Nanã Buruquê representa a junção daquilo que foi criado por Deus. Ela é o ponto de contato da terra com as águas, a separação entre o que já existia, a água da terra por mando de Deus, sendo, portanto, também sua criação simultânea a da criação do mundo.
“Com a junção da água e a terra surgiu o barro, o barro com o sopro divino representa o movimento, o movimento adquire estrutura, e com isso surgiu a criação do Homem. ”
Portanto, para alguns, nanã é a divindade suprema que junto com Zambi fez parte da criação, sendo ela responsável pelo elemento barro, que deu a forma ao primeiro homem e de todos os seres viventes da terra, e da continuação da existência humana e também da morte.
Nanã faz o caminho inverso da mão da água doce. É ela quem reconduz ao terreno do astral, as almas dos que Oxum colocou no mundo real. É a Deusa do reino da morte, sua guardiã, quem possibilita o acesso a esse território do desconhecido.
Muitos são, portanto, os mistérios que Nanã esconde, pois nele entram os mortos e através dela são modificados para poderem nascer novamente. Só através da morte é que poderá acontecer para cada um a nova encarnação, para novo nascimento, a vivencia de um novo destino – e a responsável por esse período é justamente Nanã.
Nanã forma par com Obaluaê. E enquanto ela atua na encarnação ou desencarnação do espirito, ele atua na passagem do plano espiritual para o material (encarnação), essa passagem é feita por nosso Pai Obaluaê que é o “Senhor das Passagens” de um plano para o outro.
Nanã esta grande Orixá, mãe e avó, é protetora dos homens e criaturas idosas, padroeira da família, tem o domínio sobre as enchentes, as chuvas bem como o lodo produzido por essas águas.






Características dos Filhos de Nanã Buruquê

Uma pessoa que tenha Nanã como Orixá da cabeça, pode levar em conta principalmente a figura da avó: Carinhosa as vezes até em excesso, levando o conceito de mãe ao exagero. Não tem muito senso de humor, o que a faz valorizar de mais pequenos incidentes e transformar pequenos problemas em grandes dramas. Ao mesmo tempo, tem uma grande capacidade de compreensão do ser humano, como se fosse muito mais velha do que sua própria existência. Por causa desse fator, o perdão aos que erram e o consolo para quem está sofrendo é uma habilidade natural.  Nanã através de seus filhos de santo, vive voltada para a comunidade, sempre tentando realizar as vontades e necessidades dos outros.
Às vezes, porém, exige atenção e respeito que julga devido, mas não obtido dos que a cercam. Não consegue entender como as pessoas comentem certos enganos triviais, como optam por certas saídas que para um filho de Nanã são evidentemente inadequadas. É o tipo de pessoa que não consegue compreender direito as opiniões alheias, nem aceitar que nem todos pensem da mesma forma que ela.
Todos esses dados indicam também serem os filhos de Nanã, um pouco mais conservadores que o restante da sociedade, desejarem a volta da situação do passado, modos de vida que já se foram. Querem um mundo previsível, estável ou ta voltando para trás: São aquelas que reclamam das viagens especiais, dos novos costumes, de nova moralidades....
Quanto á dados físicos, são pessoas que envelhecem rapidamente, aparentando mais idade do que realmente têm.
Os filhos de Nanã são calmos e benevolentes, agindo sempre com dignidade e gentileza. São pessoas lentas no exercício de seus afazeres, julgando haver tempo para tudo como se o dia fosse durar uma eternidade. Muito afeiçoadas ás crianças, educam-nas com ternura e excesso de mansidão, possuindo tendência a se comportar com a indulgência das avós.
O tipo psicológico dos filhos de Nanã á introvertido e calmo. Seu temperamento é severo. Pouco feminina. Por medo de amar e sofrer ela dedica sal vida ao trabalho a vocação a ambição social.







Comidas Ritualísticas de Nanã Buruquê

Canjica branca
Canjica branca cozida no leite de coco. Colocar a canjica em tigela de louça branca, despejando mel por cima, e uvas brancas se desejar.

Berinjela com Inhame
Berinjela aferventada e cortada verticalmente em 4 partes; Inhame cozido em água pura, com casca, e cortados em rodelas; arrumados em um alguidar vidrado, regando com mel.

Paçoca de Amendoim
Amendoins torrados e moídos misturados com farinha de mandioca crua, açúcar e uma pitada de sal.

Aberum
Milho torrado e pilado.

Frutas para Nanã
Figo, Ameixa, uva, melancia, graviola, pêssego, tâmara, maça, Jabuticaba.


Oferendas entregue na beira de um lago ou mangue.






Nanã Buruquê /
Santa Ana

Como todos os orixás é representado por um santo católico, a Nanã não seria diferente. Nanã é representada por Santa Ana ou Santana. O nome Ana vem do hebraico “Hanna” que significa Graça.
Santa Ana se casou jovem como toda moça em Israel naquele tempo. A tradição diz que São Joaquim era um homem de posses e bem situado na sociedade. Ambos viviam em Jerusalém ao lado da piscina de Batesda, onde hoje está a Brasílica de Santana.
Santa Ana, porém, tinha um grava problema; era estéril. Não conseguia engravidar mesmo depois de anos de casada. Em Israel daquele tempo a esterilidade era sempre atribuída a mulher por causa da falta de conhecimento. A mulher estéril era vista como amaldiçoada por Deus. Por isso, Santa Ana sofreu grandes humilhações. São Joaquim, por sua vez, era censurado pelos sacerdotes por não ter filhos. Tudo isso fazia com que o casal sofresse bastante.
Santa Ana e São Joaquim, porém, eram pessoas de fé e confiavam em Deus, apesar de todo sofrimento que viviam. Assim num dado momento da vida, São Joaquim resolveu retirar-se no deserto, para rezar e fazer penitencia. Nessa ocasião, um anjo apareceu e disse que suas orações tinham sido ouvidas. Ao mesmo tempo o anjo apareceu também a Santa Ana confirmando que as orações do casal tinham sido ouvidas. Assim pouco tempo depois que São Joaquim voltou para casa, Ana engravidou. Parece que através do sofrimento, Deus estava preparando aquele casal para gerar Maria a virgem pura concebida sem pecados.
Segundo a tradição cristã no dia 8 de setembro do ano 20 A.C, Santa Ana deu à luz uma lida menina a qual o casal colocou o Nome de Miriam, que em hebraico, significa “Senhora da Luz”. Na tradução para o latim ficou “Maria”. A vergonha tinha ficado para trás. E daquela que todos diziam ser estéril nasceu a Nossa Senhora, a Mãe do Salvador.
Santa Ana e São Joaquim são fundamental importância na História da Salvação. Não só pelo nascimento de Maria, mais também pela formação que deram à futura Mãe do Salvador.
Santa Ana é a padroeira dos avós. Mais também invocada pelas mulheres que não conseguem engravidar. Santa Ana é também a padroeira da educação, tendo educado Nossa Senhora e influenciado profundamente na educação de Jesus. Santa Ana, Avó de Jesus. Ela sabe dar o carinho a atenção das avós. Ela conhece o aconchego que só as avós podem dar aos netos. Por isso recorremos a Santa Ana com confiança. Com a mesma confiança que nos aproximamos de nossas tão queridas avós para pedir as graças que precisamos.


Nanã Buruquê           Santa Ana
          

                         
São Joaquim Maria e Santa Ana







Lendas I

Dizem que quando Olorum encarregou Oxalá de fazer o mundo e modelar o ser humano, o Orixá tentou vários caminhos. Tentou fazer o homem de ar, como ele. Não deu certo, pois o homem logo se desvaneceu. Tentou fazer de pau, mais a criatura ficou dura. De pedra, mais ainda a tentativa foi pior. Fez de fogo e o homem se consumiu. Tentou azeite, água e até vinho de palma, e nada. Foi então que Nanã veio em seu socorro e deu a Oxalá a lama, o barro do fundo da lagoa onde morava ela, a lama sob as águas, que é Nanã. Oxalá criou o homem, o modelou no barro. Com o sopro de Olorum ele caminhou. Com a ajuda dos Orixás povoou a Terra. Mas tem um dia que o homem tem que morrer. O seu corpo tem que voltar à terra, voltar a natureza de Nanã. Nanã deu a matéria no começo mas quer de volta no final tudo o que é seu.


Lendas II

No início dos tempos os pântanos cobriam quase toda a terra. Faziam parte do reino de Nanã Buruquê e ela tomava conta de tudo como boa soberana que era. Quando todos os reinos foram divididos por Olorum e entregues aos orixás uns passaram a adentrar nos domínios dos outros e muitas discórdias passaram a ocorrer. E foi dessa época que surgiu esta lenda. Ogum precisava chegar ao outro lado de um grande pântano, lá havia uma séria confusão ocorrendo e sua presença era solicitada com urgência. Resolveu então atravessar o lodaçal para não perder tempo. Ao começar a travessia que seria longa e penosa ouviu atrás de si uma voz autoritária:
 - Volte já para o seu caminho rapaz! - Era Nanã com sua majestosa figura matriarcal que não admitia contrariedades
 - Para passar por aqui tem que pedir licença! - Como pedir licença? Sou um guerreiro, preciso chegar ao outro lado urgente. Há um povo inteiro que precisa de mim.
 -Não me interessa o que você é e sua urgência não me diz respeito. Ou pede licença ou não passa. Aprenda a ter consciência do que é respeito ao alheio. Ogum riu com escárnio:
- O que uma velha pode fazer contra alguém jovem e forte como eu? Irei passar e nada me impedirá!
Nanã imediatamente deu ordem para que a lama tragasse Ogum para impedir seu avanço. O barro agitou-se e de repente começou a se transformar em grande redemoinho de água e lama. Ogum teve muita dificuldade para se livrar da força imensa que o sugava. Todos seus músculos retesavam-se com a violência do embate. Foram longos minutos de uma luta sufocante. Conseguiu sair, no entanto, não conseguiu avançar e sim voltar para a margem. De lá gritou:
 -Velha feiticeira, você é forte não nego, porém também tenho poderes. Encherei esse barro que chamas de reino com metais pontiagudos e nem você conseguirá atravessa-lo sem que suas carnes sejam totalmente dilaceradas. E assim fez. O enorme pântano transformou-se em uma floresta de facas e espadas que não permitiriam a passagem de mais ninguém. Desse dia em diante Nanã aboliu de suas terras o uso de metais de qualquer espécie.
Ficou furiosa por perder parte de seu domínio, mas intimamente orgulhava-se de seu trunfo: - Ogum não passou!





Ervas para Banho

Manjericão Roxo, Colônia, Ipê Roxo, folha da quaresma, Erva de Passarinho, Dama da Noite, Canela de Velho, Salsa da Praia, Manacá. (Em algumas casas: Assa peixe, cipreste, erva macae, dália vermelho escura, folha de berinjela, folha de limoeira, rosa vermelho escuro tradescencia.

(Ervas para banho prevalecendo sempre o número impar sendo 3, 5, 7....) 

Curiosidades

Dia da Semana: Sábado (Em algumas casas segunda)
Saudação: Saluba Nanã
Bebida: Champanhe branca, Vinho branco, Água
Flores: Todas as Flores Roxas
Comemoração: Comemorasse no dia 26 de Julho
Cor: Lilás ou Roxo
Simbolo: Ibiri




Pontos de Nanã


Lê, Lê, lê, lê, lê, Lê. Vamos sarava Nanã Buruquê
Lê, Lê, lê, lê, lê, Lê. Vamos sarava Nanã Buruquê
Na ponta da fita tem dendê... Vamos sarava Nanã Buruquê
Quem corta o mal e salva você... é Nanã, é Nanã Buruquê
Quem é mãe de Obaluaê...  é Nanã, é Nanã Buruquê
Eu já louvei Iansã, eu já louvei Oxum
Agora é você... É Nanã, é Nanã Buruquê.


Lá vem vovó com sua canoa remando no mar
Lá vem vovó com sua canoa remando no mar
Lá vem vovó com sua canoa remando no mar
Lá vem vovó com sua canoa remando no mar
Oh Nanã, oh Nanã Buruquê
Eu quero ver onde é sua morada
Oi Nanã mora, mora na cachoeira
Mora no rio, e mora nas ondas do mar
Oh Nanã, oh Nanã Buruquê
Eu quero ver onde é sua morada
Oi Nanã mora, mora na cachoeira
Mora no rio, e mora nas ondas do mar


Na lagoa de Nanã, saluba Nanã Buruquê
Na lagoa de Nanã, saluba Nanã Buruquê
Encanta os seus filhos, saluba Nanã Buruquê
Com seu manto iluminado, saluba Nanã Buruquê
Água e terra é seu poder, saluba Nanã Buruquê
             




Oração 

Oh minha mãe nanã, eu peço a benção e proteção para todos os passos da minha vida. Peço que abençoe o meu coração, minha cabeça, meu espírito e meu corpo. Que os poderes dados somente a senhora das senhoras, sejam caridosos e benevolentes e me escodam de meus inimigos ocultos e poderosos. Minha querida mãe e senhora tenha piedade de meu coração. Minha querida Mãe e senhora, faça com que eu seja puro de coração para merecer a sua proteção e caridade.
Amém!





Vídeo

Oxumarê me deu dois barajás, pra festa de Nanã
 A velha deusa das águas quer mungunzá
Seu ibiri enfeitado de fitas e búzios
E o canto para assentar, mandou cantar
E Salubá
E o canto para assentar, mandou cantar
E Salubá
Ela vem no som da chuva, dançando devagar seu ijexá
Senhora da candelária, abá
Pra toda a sua nação iourubá
Ela vem no som da chuva, dançando devagar seu ijexá
Senhora da candelária, abá
Pra toda a sua nação iourubá.







Sites de Pesquisa:
Alemdamateria.no.comunidade.net
Cruzterrasanta.com.br
Sites.google.com/magiadosorixas
Livros diversos