segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

Meditações da Galeria Umbandista


Médium não é X-Men, não tem poderes, e sim dons, que precisam ser desenvolvidos, trabalhados e colocados à disposição da comunidade.
Orixá não é personagem de card, com super-poderes que vão detonar os inimigos, ou seja, aqueles que nos fazem mal ou discordam de nós. Orixás são divindades, procedem da Fonte Divina, agem em nome dessa Fonte para o equilíbrio.
Guia no pescoço não é correntinha, bijuteria ou piercing. É proteção, tem função litúrgica, é símbolo de ligação com os Orixás, Guias e Guardiões.
Roupa de Santo não é Fashion Week de Orixá, é uniforme de trabalho, de serviço, forma de se apresentar aos Orixás, aos Guias, aos Guardiões para serviço de autoconhecimento, equilíbrio e caridade para com o próximo.
Ponto cantado não é samba, não é funk, não é pagode, nem forma de seduzir alguém do templo ou da assistência: é firmeza do Orixá, para a casa e o próprio médium.
  Dançar para o Santo não é fazer bailão, coreografia de programa de auditório ou dança de salão: é manifestar a alegria e comungar do Axé de cada Orixá, de cada Linha.
Sejam realmente filhos de Orixás, irmãos de todos e, ao mesmo tempo, aprendizes e mestres, pois todos temos experiências para trocar e crescer juntos, na fé e fraternidade.

Ademir Barbosa Júnior
(Dermes)

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